quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Muchas Maracas

Oi macacada, vim contar mais um dos meus epísodios vergonhosos. Tenho a impressão que eu vivo me esculhambando aqui e que quem lê o blog deve achar que eu sou mó pamonhona. Vocês tem razão, sou mesmo =)

Eu amo comida mexicana... acho que não tem nada mais apropriado no mundo pra acompanhar bebidas alcoólicas. E semana passada, fomos num restaurante mexicano chamado Arriba Mexico: boa guacamole, preço honesto, lugar simpático, mexicanos de verdade, mojitos etc.

Eu tava lá, toda contente, me acabando numas fajitas... quando avistei dois simpáticos mariachis que iam cantando de mesa em mesa pras pessoas do restaurante. Eu tava achando o máximo, batendo palmas e cantando Guantanamera, quando de repente me dei conta de que mais cedo ou mais tarde eles chegariam na minha mesa.

E aí meus queridos, comecei a ficar em pânico imaginando onde eu ia colocar minha cara quando eles viessem cantar olhando pra mim, afinal todas as atenções do restaurante estariam voltadas para a minha mesa e... e... e... ai que vergonha, viu?

Porque uma coisa é ver eles cantando pros outros, mas quando é com a gente fica aquela situação chata de "será que eu canto junto?", "será que eu continuo comendo?", "dou dinheiro quando acabar?", "acho que vou ficar olhando pro prato até eles irem embora", "será que eu vou caber debaixo da mesa?".

Bom, já sentiram o drama né? Faltando duas mesas pra chegar a nossa, eu olhei pro Pierre e disse "bebe logo esse mojito, desencana da sobremesa e vamos correndo antes que eles cheguem". Pedimos a conta, mas começou a demorar pra chegar, e os mariachis estavam a apenas uma mesa da nossa... ai caramba!

Na hora que o garçom colocou a conta na mesa eu olhei pra ele com cara de coitadinha e disse "a gente poooooode pagar no caaaaaixa?". Ele nem concordou e eu já tinha levantado e saído correndo. Mas ainda deu tempo de olhar pra trás e fotografar os mariachis, que, obviamente, perceberam nossa fuga descarada.



Reparem na cara de desaprovação do mariachi da esquerda
(que tem o cabelo igual ao da minha avó).

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ah... a idade...



Aconteceu aqui em Paris, na margem do rio Sena, uma feira de produtos do sudoeste da França. Foie-gras, bons vinhos, queijos, enfim... tudo que esse país tem de melhor. Obviamente, eu e Pierre fomos e fizemos a festa: "degustamos" vinhos e saímos de lá felizes com nosso potinho de foie-gras.

No mesmo dia, também em Paris, aconteceu a Techno-Parade. Tipo um carnaval de música eletrônica: trios elétricos com DJs montados em cima, botando som muito bom pra galera que fica pirando embaixo.

Minutos depois de sair da famigerada feira de produtos do sudoeste, nos demos conta que a techno-parade passaria ali do lado e que poderíamos aproveitar a viagem pra dar uma olhadinha. Nos posicionamos numa calçada que nos permitiria uma boa vista da festa e aguardamos pacientes a chegada dos caminhões de som.

Enquanto esperávamos, centenas de adolescentes se acumulavam a nossa volta e quanto mais eles chegavam mais eu pensava que tava parecendo uma "tia velha" com meu vestidinho azul e meu potinho de foie-gras. Enfim, continuamos esperando até que os caminhões chegaram.

Tudo bem... eu nunca fui muito fã de música eletrônica, mas sempre soube aproveitar momentos como esse. Só que não foi o caso. Achei tudo uma chatice e fiquei reclamando da mesma maneira que meu pai reclamava quando eu colocava música alta em casa.

Foi aí que eu tive uma revelação: me divirto muito mais numa feira de produtos típicos que num carnaval de música eletrônica. Um dia eu acordei velha e nem me dei conta disso...
Mas pra provar que não fui só eu que desistiu da techno-parade, segue uma sequência de fotos reveladora:



Bob se sentindo deslocado no meio da galerinha.



Viu? O Bob também desistiu.